OS DISCOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA
Monday, October 23, 2006
  33 - PAINKILLER


JUDAS PRIEST - Painkiller
Os ingleses Judas Priest começaram a sua carreira em 1968, tendo gravado o primeiro álbum em 1974 – “Rocka Rolla”.
A banda é apontada como um dos pilares do heavy metal europeu e foi das primeiras a usar dois guitarristas. No caso K.K. Downing e Glenn Tipton que estão na banda desde o início. O vocalista Rob Halford entrou em 1973 e o baixista Ian Hill também é do início da formação.
O baterista foi entre 1973 e 1974 – John Hinch, depois em 1975 entrou Alan Moore, em 1979 entrou Dave Holland e por fim em 1990 Scott Travis.
Os Priest gravaram onze álbuns de estúdio e dois ao vivo até chegarem a 1990 e a este petardo chamado “Painkiller”, editado pela poderosa CBS/Columbia (hoje Sony/BMG). Ao todo são dez temas memoráveis que surgiram na altura certa e levaram milhares de headbangers à digressão (passaram por Cascais em 1991, com os Pantera e os Annihilator). Ao todo destacam-se três temas do melhor que já se fez em heavy metal: “Painkiller”, “All Guns Blazing” e “Night Crawler”... o resto do disco escuta-se bem, mas estas são as especiais! Aos comandos da produção esteve o mago Chris Tsangarides.
Entre 1992 e 2003 o vocalista Rob Halford esteve fora da banda com um projecto a solo. Foi substituido por Tim “Ripper” Owens, que ainda gravou dois álbuns de estúdio “Jugulator” (1996) e “Demolition” (2001) ambos para a independente SPV.
Em 2004 a formação original juntou-se para gravar “Angel Of Retribution” para a Sony/BMG, tendo despedido Owens.
Em 1990 os Black Sabbath editaram “Tyr”, os Deep Purple editaram “Slaves And Masters” e os Tangerine Dream editaram “Melrose”.
CM
 
Tuesday, October 17, 2006
  32 - IN ROCK


DEEP PURPLE - In Rock
São ingleses e tem direito ao segundo disco nos melhores 100 álbuns da história do rock. Os Deep Purple que gravaram este “In Rock” em 1972 já eram a segunda formação ou Mk.II ...
A Mk.I gravou três discos “Shades Of Deep Purple” (1968), “Book Of Taliesyn” (1969) e “Deep Purple” (1969). Em finais de 1969 a formação mudou e estavam na banda Ian Gillan (voz), Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclas), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria)... a mesma formação que gravaria o espectacular “Made In Japan” em 1972 (e de que já falamos).
Bem a formação estava de pedra e cal e começou a trabalhar... em Janeiro de 1970 gravaram um disco ao vivo, que foi mais tarde editado como “Concerto For Group And Orchestra” juntamente com a Royal Philarmonic Orchestra. Mais tarde em Junho seria a vez deste “In Rock” com sete músicas onde pontuavam “Speed King”, “Child In Time” e “Hard Lovin’ Man”. Este álbum foi antecedido pelo single “Black Night” que curiosamente nao fez parte da edição de “In Rock” europeia.
No 25º aniversário da edição de “In Rock” a EMI editou um CD especial com 13 temas (incluindo “Black Night”).
O LP “In Rock” chegou a nº4 na tabela de vendas inglesa e a formação gravou ainda “Fireball” (1971), “Machine Head” (1972) e “Who Do We Think We Are” (1973).
De seguida Ian Gillan saiu e estava feita a Mk III com David Coverdale na voz.
A banda ainda está no activo e já vai na Mk VIII – em 2005 editaram “Rapture Of The Deep”.
Em 1970 os Cream editaram “Live Cream”, Emerson, Lake & Palmer editaram “Trilogy” e os Free “Highway”.
CM
 
Tuesday, October 10, 2006
  31 - CATCH BULL AT FOUR

CAT STEVENS - Catch Bull At Four
Este disco é muito especial. O autor nasceu em Inglaterra como Steven Demetre Georgiou a 21 de Julho de 1948, passou a chamar-se Cat Stevens em 1996 quando abraçou a carreira musical e em 1979 converteu-se aos islamismo, passou a chamar-se Yusuf Islam e deixou a música comercial.
Durante a década de 70 do século passado Cat Stevens dominou os tops e vendeu qualquer coisa como 60 milhões de LP...
Quem não se lembra das músicas “I Love My Dog”, “Wild World” ou “Father And Son” só para mencionar algumas. Puro folk rock!
Tudo começou com o single “I Love My Dog” editado em 1966 por conta própria. Em 1967 gravou o seu primeiro LP “Matthew And Son” para editora Deram Records. O segundo disco viu a luz do dia no mesmo ano “New Masters”. Em 1970 assina contracto com a Island Records (A&M nos EUA) edita de seguida “Mona Bone Jakon” e “Tea For The Tillerman” que tinha os temas “Wild World” e “Father And Son”. Por esta altura Cat Stevens apanhou tuberculose e esteve quase um ano hospitalizado.
Em 1971 Cat Stevens gravou “Teaser And The Firecat” e no ano seguinte o mais famoso álbum da sua carreira “Catch Bull At Four” que foi oficialmente editado a 27 de Setembro de 1972 e esteve três semanas em primeiro lugr no top de vendas da Billboard.
Este LP tem dez temas onde se destacam “Sitting”, “Angelsea”, “Can’t Keep It In” e “O Caritas”. Cat Stevens cantou e gravou quase todos os instrumentos com a ajuda de
Alun Davies (guitarra acústica e coros),
Gerry Conway – drums, percussion, backing vocals
Jean Roussel (piano e teclados), Alan James (baixo e coros).
A carreira deste brilhante músico continuou por mais cinco álbuns “Foreigner” (1973) e “Buddha And The Chocolate Box” (1974), “Numbers” (1975), “Izitso” (1977) e “Back To Earth” (1978).
Como Yusuf Islam gravou alguns trabalhos vocacionados para a religião muçulmana.
A editora de Cat Stevens anunciou que o músico voltaria este ano aos discos com um novo trabalho de pop-rock.
Em 1972 Elton John gravou “Onky Chateau”, Bob Marley gravou “African Herbsman” e os Rolling Stones gravaram “Exile On Main St.”.
CM
 
Thursday, September 28, 2006
  30 - KINGDOM OF LUSITANIA


TARANTULA - Kingdom of Lusitania

Se há banda de heavy metal em Portugal que merece uma estátua, essa banda chama-se Tarantula!
Tudo começou quando os irmão Paulo Barros (guitarra) e Luis Barros (bateria) deixaram de ser conhecidos como Mac Zac e passaram a chamar-se Tarantula.
Estávamos em 1981 e os dois músicos ainda adolescentes nem pensavam que se iriam tornar na mais completa banda de heavy metal portuguesa, donos de uma escola de música e de um estúdio profissional de gravação. Depois de alguns concertos em Portugal e na Alemanha os Tarantula gravaram duas demos caseiras e assinaram contracto em 1987 com a editora Transmédia.
Nesta altura a banda era composta por cinco músicos, incluindo um teclista, e o primeiro LP foi editado em 1988 com o nome de “Tarantula”. Dois anos mais tarde e já com outra formação onde pontuavam o vocalista Jorge Marques e o baixista José Baltazar, gravam o disco que destacamos hoje “Kingdom Of Lusitania” também editado em formato “long-play” e com nove temas de puro heavy metal. O disco ficou famoso porque foi destribuido pela Polygram e chegou a todo o país. A produção esteve a cargo do baterista Luis Barros com a ajuda de Pedro Moura.
Os temas ouvem-se todos muito bem mas o destaque vai inteirinho para “Highway To Glory” um tema espectacular que a banda inexplicávelmente deixou de tocar ao vivo.
Os Tarantula continuaram a sua carreira até aos dias de hoje, em 1993 assinaram contracto com a independente Numérica que lhes editou “Tarantula - III” e em 1995 “Freedom’s Call”.
Em 1999 a banda conseguiu saltar barreiras e assinar com a independente alemã AFM Records. Com esta editora já gravaram
“Light Beyond The Dark” (1999), “Dream Maker” (2000) e “Metalmorphosis” (2005).
A formação actual compreende Paulo Barros (guitarra), Luis Barros (bateria), Jorge Marques (voz) e Zé Aguiar (viola baixo).
Os Tarantula durante a carreira já tocaram com bandas famosas como os Manowar, Deep Purple, Motörhead, Hammerfall, Jag Panzer, Stratovarius e Squealer.
Quando “Kingdom Of Lusitania” foi editado em 1990, os Black Sabbath lançaram no mesmo ano “Tyr”, os Iron Maiden “No Prayer For The Dying” e os Queensryche “Empire”.
Este álbum dos Tarantula nunca foi editado em CD. A capa é uma pintura original da autoria de Jorge Marques.
CM
 
Tuesday, September 26, 2006
  29 - LOVE

THE CULT - Love
Tudo começou para os ingleses The Cult em 1981.
A primeira denominação com Ian Astbury na voz foi Southern Death Cult, com que tocaram até 1983, tendo gravado um LP com nome homónimo, pela independente Beggars Banquet De seguida foram conhecidos por Death Cult e já o guitarrista Billy Duffy estava na formação.
Tocaram com este nome na Noruega em finais de 1983 e editaram o EP “Death Cult”. Os restantes elementos eram Jamie Stuart (viola baixo) e Raymond Taylor (bateria). Quando em 1984 optaram por reduzir o nome para The Cult, cortaram todas as ligações ao movimento gótico e optaram naturalmente pela veia rock. Em Agosto de 84 gravaram o primeiro LP sob o nome The Cult – “Dreamtime”, já com Nigel Preston na bateria. Para começar venderam 100.000 discos só no Reino Unido. A primeira digressão europeia foi com os Sisterhood (que mais tarde passariam a The Mission). Em Outubro de 1985 foi a vez do álbum que hoje escolhemos “Love” o segundo na carreira desta intrépida banda de rock, e já com Mark Brzezicki no lugar de Preston. O álbum foi originalmente gravado e editado com dez músicas demolidoras, e pelo menos três músicas foram editadas como single. O disco vendeu 300.000 cópias no Reino Unido e mais 500.000 na Europa... Na Austrália vendeu 100.000 cópias e no EUA perto de milhão e meio... um espanto para a época. Os temas são puro rock com uma vocalização caracteristica e se tivessemos de escolher músicas seriam sem dúvida “Brother Wolf Sister Moon”, “Revolution”, “She Sells Sanctuary” e “Black Angel”... Quando o álbum foi reeditado em CD acrescentaram-lhe mais duas canções “Judith” e “Little Face”. A banda continuou famosa por mais quatro álbuns, sempre com Astbury e Duffy a saber “Electric” em 1987, “Sonic Temple” em 1989, “Ceremony” em 1991 e “The Cult” em 1994... com o apogeu do grunge rock a banda derrapou... Entre 1994 e 1999 os The Cult estiveram parados resolvendo problemas juridicos relacionados com a capa do álbum “Ceremony”. Entre 1999 e 2002 voltaram a tocar juntos e Ian Astbury cantou nos recauchutados Doors, no lugar do morto (Jim Morrisson), com algum sucesso.
Os The Cult estão a pensar gravar de novo e este ano já tocaram em Portugal integrados no cartaz do SBSR. Em 1985 os Kiss editaram “Asylum”, Gary Moore editou “Run For Cover” e os Dire Straits editaram “Brother In Arms”.
CM
 
Tuesday, September 19, 2006
  28 - UNDER THE MOONSPELL

MOONSPELL – Under the Moonspell
Os portugueses Moonspell ficaram famosos quando em 1994 conseguiram saltar a fronteira e assinar contracto com a independente francesa Adipocere Records.
A história desta jovem banda tinha começado em 1989 quando Fernando Ribeiro também conhecido como Langsuyar (voz), Mike Gaspar também conhecido como Nisroth (bateria) e João Pedro também conhecido como Ares (viola baixo), se juntaram sob o nome de Morbid God. Com este nome gravaram uma demo-tape e incluiram um tema numa colectânea portuguesa em vinil.
Em 1992 mudaram o nome para Moonspell. A primeira demo como Moonspell - “Anno Satanae” - com cinco temas foi editada em 1993.
Em 1994 conseguiram um contracto com a editora francesa Adipocere Records para quem gravaram “Under The Moonspell” um mini CD com um intro e quatro temas.
Os músicos que gravaram este disco foram Fernando Ribeiro, Pedro Paixão, João Pedro, Mike Gaspar, Duarte e JC (dos Decayed)
A produção não é das melhores, mas a ideia de incluirem música árabe no intro funcionou. As músicas “Tenebrarum Oratorium” com dois andamentos, “Opus Diabolicum” e o instrumental “Chorai Lusitânia” com guitarra de fado e influências de Carlos Paredes completam este promissor começo dos Moonspell.
O álbum chegou aos quatro cantos do mundo e a banda começou a ser conhecida álem fronteiras. Foram a primeira banda de heavy metal a ser reconhecida fora de Portugal.
No entanto o sucesso pregou-lhes uma partida, pois alguns dos músicos não estavam preparados para esta vida de estúdio/digressão e quando em 1995 assinaram um contracto para cinco álbuns com a independente Century Media, dois guitarristas acabaram por sair.
A formação ficou completa com Fernando Ribeiro (voz), João Pedro (viola baixo), Pedro Paixão (guitarra e teclas), Mike Gaspar (bateria) e Ricardo Amorim (guitarra).
Em 1995 editaram “Wolfheart”, em 1996 “Irreligious”, (em 1997 o baixista João Pedro/Ares foi despedido) em 1998 editaram “Sin/Pecado”, em 1999 “The Butterfly Effect”, em 2001 “Darkness And Hope”, em 2003 “The Antidote” e já este ano o primeiro álbum do novo contracto com a editora SPV – “Memorial”.
Entre 1997 e 2003 os Moonspell contractaram o baixista Sérgio Crestana, para o álbum “The Antidote” usaram o baixista dos Amorphis – Niclas Etelavuori – e para “Memorial” o próprio produtor -Waldemar Sorychta - gravou o baixo, usando a banda a prestação de Aires Pereira nos concertos.
No mesmo em que os Moonspell editaram “Under The Moonspell”, os Pearl Jam editaram “Vitalogy”, os Pink Foyd editaram “The Division Bell” e os ZZ Top editaram “Antenna”.
CM

 
Monday, September 11, 2006
  27 - IN THE COURT OF THE CRIMSON KING


KING CRIMSON - In The Court of The Crimson King
Estavamos em Outubro de 1969 e os ingleses King Crimson acabavam de gravar o seu primeiro LP de estúdio. A banda formada por Robert Fripp (guitarra), Michael Giles (bateria), Greg Lake (voz e baixo) e Ian McDonald (teclas) entrou de rompante na cena musical e chegou fácilmente a nº5 na tabela de vendas do Reino Unido.
O álbum com cinco temas e vários andamentos é considerado um dos mais expressivos do chamado rock progressivo ou rock sinfónico (na altura catalogados como acid rock ou rock psicadélico). A capa do LP tinha uma pintura de uma face avermelhada a gritar aterrorizada e não continha nem o nome da banda... nem o nome do álbum.
Logo a abrir podemos escutar “21st Century Schizoid Man” com a duração de sete minutos e que considero como um dos melhores dez melhores temas de rock de sempre... a voz modulada electrónicamente era uma novidade e o rock orquestral em moda na altura viria a influenciar um sem número de bandas no futuro...
O destaque vai ainda para o belissimo tema “Epitaph”, um verdadeiro hino com uma vocalização exemplar e uns riffs de guitarra que perduram na nossa memória. O tema “Moonchild” com doze minutos é o mais carregado de improvisação.
A banda não durou muito com esta formação, mas o duo Fripp e Lake ainda gravou cinco albuns com destaque para “Lizard” em 1970.
As formações foram muitas, algumas a solo, e até aos nossos dias Robert Fripp assinou vários trabalhos sob o nome de King Crimson, o último dos quais “The Power To Believe” em 2003.
Em 1969 os Pink Floyd editaram “Ummagumma”, os Led Zeppelin “Led Zeppelin I” e “Led Zeppelin II” e os Beatles “Abbey Road”.
CM
 
UM TRABALHO DE PESQUISA QUE VAI LEVAR ALGUM TEMPO A ELABORAR E QUE VISITARÁ OS MELHORES 100 ÁLBUNS DE TODOS OS TEMPOS.

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Location: Seixal, Margem Sul, Portugal

Foto-jornalista nascido em Serpa em 1955. Fotógrafo e critico musical nos jornais "Diário Popular", "A Capital", "SE7E", " Diário do Alentejo", "Raio X", e nas magazines "Promúsica", "Super Som", "Super Jovem" e "Rock Sound". Actualmente é correspondente do jornal "Alentejo Popular" em Lisboa

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